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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Protocolo de Kyoto

Cúpula do Clima em Copenhague 
Faz mais de 10 anos que são promovidos encontros para discutir o aquecimento global. Entre todos, o que proporcionou maiores resultados foi o de 1997, que originou o Protocolo de Kyoto com metas estipuladas até 2012. O encontro ocorre agora em Copenhague, na Dinamarca, e conta com a presença de ministros do meio ambiente e representantes dos 192 países que fazem parte da convenção UNFCCC (Convenção Marco sobre Mudança Climática, na tradução livre para o português). Estima-se que o encontro conte com a presença de 15 mil pessoas, entre chefes de estado, autoridades da ONU, jornalistas e entidades de proteção ao meio ambiente. 


Atualmente o Brasil tem uma participação importante no cenário mundial, pois vem crescendo o nível de poluição juntamente com o crescimento do país. Países como Estados Unidos, China e a União Européia também se destacam na reunião pela sua grande emissão de poluentes. 


Entre as propostas, a mais ousada seria a redução de 40% de CO2 (dióxido de carbono) até 2020. Na última reunião, o valor estipulado ficou em 5% e os países em desenvolvimento não eram enquadrados nessa meta. Uma das mudanças que serão propostas, trata da inclusão dos países em desenvolvimento, como Brasil e Índia, nas metas de redução. O Brasil, que a pouco estipulou um Plano Nacional de Mudança Climática, deve ser a favor que os países em desenvolvimento façam parte das metas discutidas em Copenhague. 

Um fato curioso é que o Brasil ocupa apenas a posição número 17 no ranking das nações que mais poluem o planeta e é um dos países mais preocupados com a poluição, sediando inclusive o primeiro encontro sobre o clima, a ECO-92 no Rio de Janeiro. Entre os maiores emissores de dióxido de carbono estão: a China, Estados Unidos, Rússia, Índia, Japão, Alemanha, Canadá, Grã-Bretanha, Coréia do Sul e Irã.Entenda o Protocolo de KyotoO que é? 
É um acordo internacional que estabelece metas de redução de gases poluentes para os países industrializados. O protocolo foi finalizado em 1997, baseado nos princípios do Tratado da ONU sobre Mudanças Climáticas, de 1992. 

Quais as metas? 
Países industrializados se comprometeram em reduzir, até 2012, as suas emissões de dióxido de carbono a níveis pelo menos 5% menores do que os que vigoravam em 1990. A meta de redução varia de um signatário para outro. Os países da União Européia, por exemplo, têm de cortar as emissões em 8%, enquanto o Japão se comprometeu com uma redução de 5%. Alguns países que têm emissões baixas podem até aumentá-las. 

As metas estão sendo atingidas? 
O total de emissões de dióxido de carbono caiu 3% entre 1990 e 2000. No entanto, a queda aconteceu principalmente por causa do declínio econômico nas ex-repúblicas soviéticas e mascarou um aumento de 8% nas emissões entre os países ricos. A ONU afirma que os países industrializados estão fora da meta e prevê para 2010 um aumento de 10% em relação a 1990. Segundo a organização, apenas quatro países da União Européia têm chance de atingir as metas. 

Por que os Estados Unidos ficaram de fora do acordo? 
O presidente George W. Bush retirou-se das negociações sobre o protocolo em 2001, alegando que a sua implementação prejudicaria a economia do país. O governo Bush considera o tratado “fatalmente fracassado”. Um dos argumentos é que não há exigência em relação aos países em desenvolvimento, para que também diminuam suas emissões. Bush disse ser a favor de reduções por meio de medidas voluntárias e novas tecnologias no campo energético. 

Kyoto vai fazer uma grande diferença? 
A maioria dos cientistas que estudam o clima diz que as metas instituídas em Kyoto apenas tocam a superfície do problema. O acordo visa a reduzir as emissões nos países industrializados em 5%. É praticamente consenso entre esses especialistas que, para evitar as piores conseqüências das mudanças climáticas, seria preciso uma redução de 60%. Os defensores do acordo dizem que o tratado fez com que vários países transformassem em lei a meta de reduções das emissões e que, sem o protocolo, políticos e empresas tentando implementar medidas ecológicas teriam dificuldades ainda maiores. 

Qual a situação do Brasil e de outros países em desenvolvimento? 
O acordo diz que os países em desenvolvimento, como o Brasil, são os que menos contribuem para as mudanças climáticas e, no entanto, tendem a ser os mais afetados pelos seus efeitos. Embora muitos tenham aderido ao protocolo, países em desenvolvimento não tiveram de se comprometer com metas específicas. Como signatários, no entanto, eles precisam manter a ONU informada do seu nível de emissões e buscar o desenvolvimento de estratégias para as mudanças climáticas. Entre as grandes economias em desenvolvimento, a China e Índia também ratificaram o protocolo. 

O que é o comércio de emissões? 
O comércio de emissões consiste em permitir que países comprem e vendam cotas de emissões de gás carbônico. Dessa forma, países que poluem muito podem comprar "créditos" não usados por aqueles que geram pouca poluição. Depois de muitas negociações, os países agora podem ganhar créditos por atividades que aumentam a sua capacidade de absorver carbono, como o plantio de árvores e a conservação do solo.
Protocolo de Kyotoprotocolo de kyoto de 1997 visa combater o aquecimento global que causa o efeito estufa. A grande concentração de CO2 está aumentando com a queima de combustíveis fósseis como o carvão, petróleo e gás natural o que já elevou a temperatura média da atmosfera em 0,8%. Se não for reduzida prevê-se que a temperatura possa aumentar em até 6% até 2100. O efeito desse aquecimento é a elevação do nível do mar. Os cientistas prevêem extinções em massa da espécie e expansão de doenças tropicais e esse fato é real e confirmado. Pelo Protocolo de Kyoto os países industrializados se comprometiam a trazer suas emissões de carbono (CO2) a um nível 5,2% menor que o de 1990 entre 2008 e 2012. Para isso precisa da ratificação de 55 países. 

O ex-Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton havia assinado o tratado em 1998, mas o Congresso não chegou a ratificá-lo. Com a retirada do maior poluidor o protocolo perde a força. Os Estados Unidos não aceitam o protocolo, pois contraria interesses econômicos do país ao exigir uma redução de gases estufas como o dióxido de carbono. 

Essa redução exigiria uma custosa e rápida remodelação no modelo industrial americano e os Estados Unidos temiam em perder competitividade industrial, ou seja, pensam em primeiro lugar na economia do que no bem estar da população mundial. Os Estados Unidos respondem por cerca de 25% das emissões globais de gás carbônico.
Fonte: http://www.colegioweb.com.brVídeos relacionados







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