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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Absolutismo


O que é absolutismo?

Quadro representando Jacques Bossuet
Quadro representando Jacques Bossuet (Imagem: Wikipédia)
Para se concretizar, a centralização absoluta de poderes exigiu condições estruturais e justificativas. Dentre essas condições, destaca-se a necessidade do melhor relacionamento possível entre os setores político e religioso. A religiosidade para o homem da Idade Moderna era uma característica latente, e quando bem trabalhada se conseguia total submissão. Àqueles que não fossem tão vulneráveis às influências religiosas, deveriam ser fornecidas justificativas ideológicas de cunho prático.

De modo geral, o caminho que os reis europeus utilizaram para alcançar a maioria religiosa de seus súditos pode ser entendido pela atuação de alguns monarcas. Henrique de Navarra (1553-1610), por exemplo, resolveu adaptar-se à maioria católica de seu país, a França. Escolhendo outro caminho, o rei Henrique VIII, da Inglaterra, optou pela imposição de uma nova religião, que seria controlada por ele. De modo geral, os reis absolutistas se envolveram em longos conflitos religiosos, nos quais buscaram fortalecimento para o exercício do poder. Dentre esses conflitos, destacamos a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648).

O autor cristão que mais se destacou na justificativa religiosa do absolutismo foi o francês Jacques Bossuet (1627-1704), que, em seu livro Política retirada da sagrada escritura, desenvolveu a ideia de que todo o monarca ocupava o poder por vontade divina.  Essa visão fazia do rei um ser inabalável, pois questioná-lo seria colocar em dúvida a habilidade divina na escolha do chefe da nação. Esse conceito é chamado de absolutismo de direito divino.

Insatisfeitos com a justificativa religiosa, alguns monarcas absolutistas buscavam outras fontes de orientação. As ideias mais divulgadas nesse sentido tiveram sua origem com o filósofo Nicolau Maquiavel (1469-1527), autor do livro O príncipe, no qual defendeu teorias que se cristalizaram em frases que são populares até hoje. Dentre elas, a mais conhecida pode ser resumida na seguinte frase: “Os fins justificam os meios”. Segundo esse pensamento, se o objetivo final do monarca fosse o bem maior do Estado, qualquer caminho, ou meio utilizado para atingir esse fim seria justo. Portanto, a moral e a política não necessariamente teriam que caminhar juntas.

Outra frase que resume parte do pensamento de Maquiavel: “É melhor ser temido do que ser amado”, ou seja, os monarcas que puniam severamente os traidores e inimigos construíam uma atmosfera de medo que tornava muito mais fácil a manutenção de seu poder. Questionáveis ou não, essas duas frases exerceram profunda influência na prática do poder absoluto durante a fase do Antigo Regime. 
fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/ensino-medio/um-minuto/811/o-que-e-absolutismo.html

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